Conteúdo

FIFA proíbe participação de investidores na aquisição de atletas

Por Leonardo Neri Candido de Azevedo

Recentemente, a FIFA resolveu intervir no âmbito do investimento para compra de jogadores, a fim de definir que apenas os clubes poderão ser proprietários dos direitos econômicos dos jogadores.

Com essa decisão, as entidades de prática desportiva, no Brasil, sofrerão um forte impacto na forma de contratação de seu elenco, pois gerará efeitos na aquisição dos direitos econômicos dos atletas. Tais direitos são constantemente negociados com terceiros estranhos às atividades esportivas, que adquirem determinado percentual sobre um jogador, pagando ao clube o preço ajustado para a negociação.

Em contraponto, deve ser examinado o quadro atual vigente na Europa, em que as entidades, em sua maioria, conseguem se administrar com seus próprios recursos ou são geridas por um único dono.

A repercussão prática do novo modelo de negociação de jogadores incidirá na diminuição do preço dos direitos econômicos dos atletas situados na América do Sul, o que proporcionará, a princípio, um fomento de transações com as principais entidades da Europa pela possível deflação do mercado. Ao mesmo tempo, haverá maior independência dos jogadores, pois não serão fatiados por repasse de valores aos investidores na oportunidade de uma transferência.

Por tais razões, os clubes serão forçados a concretizar o discurso de profissionalização na gestão desportiva, como principal instrumento para reeducação financeira das agremiações. O futebol deverá ser visto pelas entidades como um produto de potencial valor agregado, vinculante às ações de marketing, administração de ativos, no propósito maior de auferir lucro para melhor desenvolvimento.

Compartilhe nas redes sociais

Newsletter

Assine nossa newsletter e receba nossas atualizações e conteúdos exclusivos!